A cidade e as Serras é a história de Jacinto, português que enfastiado da monotonia da vida no campo, vai morar em Paris. O narrador é José Fernandes, amido de Jacinto. Há durante a narrativa uma leitura de oposição entre o ambente do campo e da cidade. A cidade é descrita do ponto de vista do aproveitar a vida, do sentimento de humanização e de solidariedade, do espírito de genialidade e inteligência. Em contrapartida o campo é descrito como ambiente de animalização, onde o indivíduo desperdiça a vida nos atos de alimentação e copulação, além dos sentimentos de bestialidade e individualismo. Um certo dia porém, Jacinto em companhia do amigo Zé Fernandes, resolve fazer uma visita à sua província natal, o Minho. Aborrecido com o extravio de sua bagagem, finalmente ele chega à terra natal. Lá ele passa a observar as nuances da vida no campo e se deixa contagiar pela placidez bucpolica que poco a pouco cura seu espírito da neurose adquirida na cidade. O amor de Joaninha, moça simples e imaculada completa seu quadro de felicidade. Os prazeres da vida campesian despertam em Jacinto o desejo de permanecer no campo. O romance comtrapõe dois ideais de vida, a civilização, onde Jacinto, saturado das maravilhas do progresso e da cultura parisiense, resgata a antiga simplicidade e paz da vida no campo.
