31 de ago. de 2011

Buracos

Buracos
Prática de leitura sugerida para a 7ª e 8ª séries do Ensino Fundamental
(Aulas de 45 minutos)




Justificativa

A formação de um cidadão pleno depende em grande parte do domínio de um número tal de gêneros do discurso que lhe permita interagir e participar de diferentes situações, seja no âmbito familiar, do trabalho, da política, das ciências, seja no âmbito das manifestações culturais. Nesse sentido, aprender a dominar diferentes linguagens, dentre elas a linguagem literária e das artes, é um direito que deve ser garantido a todos. Por isso, a formação de leitores literários também deve ser um dos objetivos da educação básica.
A fim de garantir esse direito, a nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo aponta como prioridade o desenvolvimento de competências leitoras e escritoras.
Para que o desenvolvimento de tais competências possa se dar, várias capacidades são requeridas. No Ciclo II do Ensino Fundamental, espera‐se que se desenvolvam principalmente as seguintes capacidades:
Capacidades de compreensão3, que envolvem: ativar conhecimentos prévios sobre o que será lido; levantar hipóteses sobre os conteúdos ou propriedades dos textos; checar hipóteses; localizar e/ou copiar informações; comparar informações; generalizar; produzir inferências.
Capacidades de apreciação e réplica, que envolvem: recuperar o contexto de produção do texto; ter claras quais são as finalidades e metas da atividade de leitura; perceber relações de intertextualidade e de interdiscursividade; perceber outras linguagens como elementos constitutivos dos sentidos dos textos; perceber efeitos de sentido decorrentes de escolhas feitas pelo autor em diferentes níveis; elaborar apreciações estéticas e/ou afetivas e apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos.
Essa é, portanto, a finalidade maior da proposição do presente projeto de leitura: promover o desenvolvimento de capacidades leitoras para a formação de leitores literários.

Objetivos

Espera‐se que os alunos:
•ampliem sua proficiência para a leitura de textos mais extensos, ou de complexidade maior, atribuindo‐lhes sentidos adequados;
•respondam a questões previamente formuladas que podem auxiliar na sistematização de suas impressões pessoais e análises literárias da obra;
•posicionem‐se criticamente, reconhecendo posições ideológicas presentes no texto;
•interessem‐se por trocar impressões e informações com outros leitores;
•estabeleçam comparações entre duas linguagens diferentes: a escrita e a cinematográfica.
Procedimentos metodológicos
Realmente, para comunicar à criança os comportamentos que são típicos do leitor, é necessário que o professor os encarne em sala de aula, que proporcione a oportunidade a seus alunos de participar em atos de leitura que ele mesmo está realizando, que trave com eles uma relação de “leitor para leitor”. (LERNER, Delia. Ler e escrever na escola: o real, o possível e o necessário. São Paulo: Artmed. 2002: 95)
Trabalhar com o cinema na sala de aula é ajudar a escola a reencontrar a cultura ao mesmo tempo cotidiana e elevada, pois o cinema é o campo no qual a estética, o lazer, a ideologia e os valores sociais mais amplos são sintetizados numa mesma obra de arte. Assim, dos mais comerciais e descomprometidos aos mais sofisticados e “difíceis”, os filmes têm sempre uma possibilidade para o trabalho escolar.
(NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto. 2003: 11)
Ativação de conhecimentos prévios e levantamento de hipóteses
Motivar os alunos, despertando seus interesses, desafiando‐os para a leitura, deve ser o primeiro movimento de aproximação em direção a um livro.
Nesse sentido, considerando o desenvolvimento das capacidades leitoras, todo trabalho que envolve texto deve começar com a ativação de conhecimentos prévios dos alunos não só em relação ao tema que será abordado, mas também em relação ao gênero do texto. Além dos conhecimentos prévios, é importante também levantar hipóteses sobre o texto, atividade que, de certa forma, oferece a base necessária para que o leitor vá atribuindo/construindo sentidos. Uma estratégia para isso é partir do título do texto, das imagens da capa do livro, das informações constantes na contracapa ou na orelha e ir questionando os alunos sobre que expectativas vão construindo sobre a leitura que se realizará.
É fundamental também que se apresentem informações sobre o autor — quem é, quando viveu, que tipo de temas costuma abordar em suas obras, algumas características de sua escrita — e sobre a época em que a obra foi produzida, podendo, inclusive, relacioná‐la com outras contemporâneas. Contar sua história de leituras também pode ser interessante, sobretudo se o livro for um clássico que sobreviveu ao passar dos tempos ou teve um número grande de leitores. Contar as críticas que lhe foram feitas ajuda a situar o livro e pode motivá‐los para a leitura.
Ainda com o intuito de desenvolver as variadas capacidades de leitura requeridas a um leitor proficiente, as perguntas que você fizer durante a leitura devem ir além da localização de informações e do mero significado de palavras que ele julga serem desconhecidas dos alunos.
As perguntas feitas durante e depois da leitura devem principalmente procurar levar o aluno a checar as hipóteses construídas, realizar inferências, generalizações e comparações diversas entre partes do texto ou entre o texto lido e outros textos com os quais o aluno já tenha tido contato, sejam estes escritos ou em linguagens diversas.
Todo o tempo, deve‐se permitir e valorizar que o aluno manifeste sua opinião sobre o que foi lido, porém sempre justificando sua fala com aspectos presentes no texto lido ou em outros textos. Um passo importante que todo aluno deve dar é ultrapassar os “achismos” e conseguir expressar opiniões bem fundamentadas.
Leitura compartilhada
Para dar um primeiro estímulo à leitura, num momento inicial, propomos que seja feita uma leitura compartilhada, em que partes do livro serão lidas em voz alta pelo professor, enquanto os alunos acompanham a leitura em seus livros.
Para que a leitura em voz alta flua melhor, com menos tropeços e com uma entonação adequada, é aconselhável que o professor prepare a sua leitura antes de fazê‐la para a classe, lendo antecipadamente, para si mesmo, as partes que posteriormente serão apresentadas para todos.
Leitura sequenciada (ou leitura programada)5
Espera‐se que todas as capacidades leitoras anteriormente elencadas venham sendo desenvolvidas desde o início do Ciclo I e continuem a ser desenvolvidas nos níveis subsequentes, pois sabemos que a proficiência leitora é algo que vamos desenvolvendo por toda a vida.
É comum, no Ciclo II, os alunos já se sentir bastante confortáveis para fazer leituras independentes de texto curtos. Porém, quando se trata de textos mais longos, como o que propomos neste projeto, é comum também que os alunos se sintam intimidados e não cheguem ao fim da leitura.
Nesse caso, mais uma vez, a atuação do professor é fundamental. Uma das estratégias que podem ser utilizadas para ajudar os alunos a vencer tal dificuldade é a leitura sequenciada/programada: o professor seleciona um livro para ser lido por toda a classe e vai determinando prazos intermediários para que a leitura seja feita aos poucos, parte a parte.
Nesse primeiro momento de aproximação dos alunos à leitura de textos mais longos, outra estratégia fundamental para não desestimulá‐los e para evitar que desistam do desafio de ler um texto que exija mais tempo de concentração é iniciar o trabalho por gêneros que lhes sejam mais familiares e por temas que sabidamente despertem seu interesse. Ressalta‐se, porém, que tais estratégias não significam que não se devam sugerir leituras mais complexas, contemplando clássicos e textos de reconhecida qualidade literária, ao longo das etapas do Ensino Fundamental e Médio. Em todos os casos, a mediação do professor é sempre fundamental; mais ainda o é, quanto maior complexidade a obra possuir, tomando como referência seus leitores.
Tendo garantidos esses pressupostos, o professor, de acordo com o que conhece dos alunos, deve ir marcando as datas para serem feitas as leituras.
Lembrando da importância do desenvolvimento das capacidades de apreciação e réplica, é bom ressaltar ser fundamental, durante e depois da leitura, que haja espaço para que não só o professor, mas também os alunos comentem o texto, coloquem‐se em relação ao enredo e à forma de contar a história e levantem dificuldades em relação ao que foi lido, a fim de ter garantidas a compreensão e a réplica do aluno diante do que leu.
Leitura colaborativa
A essas duas formas de organização, associamos também a ideia da leitura colaborativa6: antes da leitura de cada trecho, o aluno fica conhecendo algumas questões que apontam diferentes focos de observação. Assim, ao longo dos capítulos, espera‐se que os alunos façam uma leitura com objetivos prévios (por exemplo, observar algum aspecto de estilo do autor, algum encaminhamento do enredo, certas reações de um personagem etc.). Na data marcada pelo professor como final do prazo para a leitura do trecho do livro, essas observações auxiliarão a se organizarem momentos de reflexão e compartilhamento das experiências de leitura e das compreensões dos textos.
A ideia, portanto, é que os alunos façam a leitura do trecho programado em casa, tendo em mente alguns focos de observação sugeridos por questões postas antecipadamente num roteiro de leitura. Na data marcada, essas questões servirão de mote inicial para as discussões sobre o trecho lido.
Durante as discussões, é comum que muitos queiram falar ao mesmo tempo. Falar um de cada vez, ouvir o outro e respeitar suas opiniões são procedimentos que precisam ser aprendidos. Combine com os alunos que cada um terá sua vez de falar e vá trabalhando com eles o respeito às opiniões alheias. Dê você mesmo o exemplo: ouça com atenção e considere o que todos quiserem dizer. Questione, mas não despreze opiniões. O importante é que todos se sintam à vontade e que suas falas sejam valorizadas.
Deixe claro que não haverá nenhuma prova do livro. O que se pretende é verificar como se posicionam em relação ao texto: o que apreciam ou não na história e na forma como é contada e por quê; o que pensam em relação à situação vivida pelas personagens etc.; enfim, desafie‐os a se colocarem frente à história: “vocês seriam capazes de dialogar com o livro; de emitir uma opinião fundamentada sobre ele?”.
A duração do projeto
O projeto todo exigirá cerca de 6 aulas de aproximadamente 45 minutos, que deverão ser distribuídas ao longo de um bimestre.
Depois dessas aulas, sugere‐se que o professor consiga se organizar para que seja possível passar (na íntegra ou no máximo em duas partes) o filme produzido a partir da história do livro. Isso significa que, para que as duas horas de filme sejam assistidas na íntegra, o professor provavelmente precisará negociar com colegas o remanejamento de algumas aulas ou dividir a exibição do filme em duas aulas. Após a exibição do filme, provavelmente será necessária mais uma aula para que se possa conversar sobre o filme e compará‐lo com o livro.
Caso o professor tenha regularmente aulas dobradas com a classe e queira fazer um trabalho em que paralelamente vão se lendo trechos do livro e assistindo a trechos do filme, preparamos outra proposta que prevê a utilização de 5 ou 6 aulas de 90 minutos. Para isso, procure a proposta sob o título Buracos – Práticas de Leitura 7ª e 8ª séries – aulas 90 min.

Cronograma das aulas


Obs.: Caberá ao professor, se assim julgar necessário, redimensionar o número de aulas estabelecido para a execução do projeto de acordo com suas necessidades e rendimento da classe.

Recursos necessários

Livro: Buracos, de Louis Sachar, editora Martins Fontes, para todos os alunos da classe.
Cópias do Cronograma e dos Roteiros de Leitura 1, 2 e 3 em número suficiente para toda a classe e uma cópia da Lista de perguntas aula a aula para o professor.
DVD: O Mistério dos Escavadores
Sugestões de lojas on‐line, onde se pode encontrar o livro e o DVD7:
www.submarino.com.br

LIVRO – Buracos
DVD – O Mistério dos Escavadores
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Aula 1

O primeiro contato dos alunos com o livro que será lido é fundamental para o sucesso do trabalho. Deve ser um momento de “sedução”, no qual o mais importante é fazer com que o aluno se interesse pela leitura do livro.
Nesse movimento de sedução, é também importante contextualizar o livro. Para isso, sugerimos que, antes da distribuição dos volumes aos alunos, o professor instigue a curiosidade deles da seguinte forma:
•assegure‐se de que os alunos ainda não vejam a capa do livro. De preferência leve apenas o seu livro para a sala, já que os demais serão distribuídos apenas na aula seguinte;

•escreva na lousa a palavra HOLES (pronuncia‐se “rols”, com o “r” espirado, saindo da garganta) e diga aos alunos que essa é uma palavra da língua inglesa;
pergunte‐lhes o que acham que essa palavra significa. Depois de algumas respostas, se ninguém souber a tradução correta, diga que o significado é “buracos” e que esse é o título do livro que todos da sala receberão para ler;
Além de instigar a curiosidade dos alunos, saber o título original do livro também será importante para o sucesso do Passo 2;
•informe‐lhes que esse livro teve sua primeira publicação em 1998, foi escrito por um autor americano, Louis Sachar, e ficou durante um bom tempo na lista dos livros juvenis mais vendidos nos Estados Unidos.
Essas informações podem dar mais crédito ao livro pelos alunos, pois perceberão que se trata de um livro especialmente escrito para a faixa etária deles e que tem agradado a um grande número de leitores;
•pergunte aos alunos que tipo de história eles imaginam que teria um livro com esse título. Deixe‐os falar livremente, sem negar nem confirmar nenhuma das hipóteses levantadas;
•finalmente, mostre‐lhes a capa do livro e, com base nela, pergunte‐lhes qual das hipóteses anteriormente levantadas poderia estar mais próxima da realidade. Ouça todas as opiniões, insista sempre que os alunos as justifiquem, mas continue a deixar em suspenso qual seria a resposta mais acertada. Ainda não distribua os livros.
Além de instigar a curiosidade dos alunos, outra forma (talvez a mais importante) de o professor seduzi‐los para a leitura, é mostrar entusiasmo em relação ao livro, dizendo o que sentiu, pensou, lembrou, aprendeu, enquanto lia. Se o professor demonstrar, de forma convincente, que já leu o livro e que achou a leitura instigante e muito interessante, os alunos ficarão mais inclinados a ler também.
Assim, antes de continuar o trabalho, diga que esse livro é cheio de surpresas e que apresenta de tudo um pouco: romance, amizade, mentira, traição, mistério, aventura, suspense, temperados com doses de humor e, por isso, deve agradar a todos.
PASSO 2 –
 Continuando a “sedução”: o DVD
Para complementar esse momento de “sedução” inicial, informe aos alunos que esse livro fez tanto sucesso que até virou filme.
Explicite que um dos objetivos do trabalho com o livro é, ao final da leitura, compará‐lo com o filme. Deixe claro que, para isso, é fundamental que todos leiam o livro antes de assistir ao filme.
Em seguida, mostre aos alunos os trechos do DVD que trazem os comentários elogiosos sobre o livro, feitos pelos atores e pelo diretor do filme.
Para isso, coloque o DVD no aparelho e, no “Main Menu” (Menu Principal), escolha a opção “Set up” (Configuração). Ali, selecione “Subtitles” (Legendas) e, em seguida, “Portuguese” (Português). Volte para o Menu Principal e selecione “Bonus Material”. Dentre as opções que se apresentarão, selecione “Digging the first hole” (Cavando o primeiro buraco).
Repare que mesmo nas legendas em português, o nome do livro aparece sempre como Holes, por isso a atividade com a palavra em língua inglesa do Passo 1 também é importante.

No trecho selecionado, há também o depoimento do autor do livro, Louis Sachar, contando o que o inspirou a escrever essa história e qual foi seu processo de criação.
Chame a atenção dos alunos para o fato de o autor dizer que fez pelo menos cinco versões do livro antes de considerá‐lo pronto. Lembre‐os de que é dessa forma que as pessoas em geral procedem: escrevem e reescrevem seus textos até que possam ser considerados prontos. Alerte‐os a também procederem sempre dessa forma quando forem escrever seus próprios textos.
Depois de terminarem de assistir a todos os depoimentos elogiosos do DVD (aproximadamente 10 min.), espera‐se que os alunos estejam mais estimulados a ler o livro. Pergunte a eles quais as hipóteses anteriormente levantadas sobre o livro parecem ser as que melhor combinam com o que viram no DVD e se acreditam que essa leitura possa ser, de fato, interessante e prazerosa. Provavelmente a maioria responderá que sim, uma vez que os depoimentos do DVD são bastante convincentes.
Anuncie que cada um deles receberá um livro na próxima aula. Sugerimos não entregar os livros nesta aula, para não atrapalhar o planejamento da aula seguinte.
É importante que todos saiam desta aula bastante curiosos e ansiosos por começar a ler o livro.

Aulas 2/3

Material necessário
•livros para todos os alunos
•cronograma impresso
•cópias em número suficiente do Roteiro de Leitura 19

PASSO 1 – Distribuição dos livros

•Distribua os exemplares a cada um dos alunos. Faça dessa situação um momento de alegria. Permita‐lhes que folheiem seus livros, que explorem sua capa, a quantidade de páginas, que festejem, mas lembre a todos que esses livros deverão ser devolvidos à biblioteca e, por isso, devem ser tratados com cuidado, para que outros alunos também possam posteriormente se divertir com a leitura.

PASSO 2 – Leitura da orelha

•Faça uma leitura em voz alta da orelha do livro. Em seguida, proponha algumas questões:

O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”?
Por enquanto, os alunos não terão condições de responder a essa pergunta com firmeza, mas somente de levantar hipóteses. No decorrer da leitura, no entanto, tendo essa questão em mente, os alunos poderão perceber o movimento de ida e volta no tempo que compõe a narrativa. É por meio desses flashbacks que se explicam os encontros e desencontros dos personagens com os quais, afinal, é tecida a curiosa trama da história. Assim sendo, sugerimos que essa questão seja retomada ao final da leitura do livro para que os alunos se deem conta da estrutura desse romance.
A leitura da orelha ajudou‐os a antecipar melhor sobre o que o livro trata?
Ela ajudou‐os a confirmar ou refutar as hipóteses até agora levantadas?
Para que vocês acham que serve a orelha de um livro?
Espera‐se que os alunos percebam que as orelhas dos livros trazem informações que ajudam potenciais leitores a se decidir sobre se desejam ou não ler (ou comprar) o livro e, ao mesmo tempo, auxiliam os leitores a antecipar em certa medida o conteúdo do livro e a levantar hipóteses acerca do que será lido.

PASSO 3 – Cronograma de trabalho

•Esclareça aos alunos que vocês farão uma leitura programada, ou seja, a leitura da obra por partes, com um tempo determinado para discussão da parte lida, tendo como base perguntas previamente feitas, bem como discussão livre sobre aspectos que mais os tenham impressionado na obra.
•Disponibilize na lousa ou distribua impressos do cronograma de leitura (os originais para cópia encontram‐se no final deste material). Faça uma leitura conjunta do cronograma e peça que os alunos o copiem da lousa ou o colem no caderno.
•Também seria importante nesse momento que você apresentasse à turma, previamente, o processo de avaliação do projeto. Esclareça que ele será avaliado pela sua participação nas aulas, pelo fato de ter se proposto a pensar nas respostas às perguntas do roteiro e ler o livro.

PASSO 4 – Leitura compartilhada (capítulos 1 e 2)

Anuncie à classe que hoje todos vocês começarão a ler o livro juntos. Sabe‐se que, em geral, conseguir ultrapassar a leitura dos primeiros capítulos de um livro é fator que assegura, em grande parte, que se consiga lê‐lo até o final. Assim, sugerimos a leitura compartilhada, em sala de aula, dos primeiros capítulos do livro.
Se possível, crie um clima mais confortável na sala, colocando as carteiras em círculo, ou leve os alunos a um ambiente mais calmo e acolhedor. A ideia é que os alunos associem a leitura literária a um momento prazeroso.
Solicite a todos que abram o livro na página de rosto e vão folheando as páginas subsequentes, observando o título, o nome do autor, quem fez a tradução, qual é a editora. Pergunte a quem o autor dedicou o livro e qual é o título da Parte I (Você está entrando no acampamento do Lago Verde).
Peça que parem na página 3 e inicie a leitura compartilhada dos capítulos 1 e 2.
Para que a leitura não fique cansativa para os alunos, é importante que seja feita de forma pausada, com poucos tropeços e com as entonações sugeridas pela pontuação do texto. Por isso, nesse primeiro momento, sugerimos que o próprio professor a faça.
Oriente os alunos a levantar a mão caso queiram comentar alguma coisa ou não compreendam alguma palavra ou trecho. Não responda às questões de imediato, vá dando pistas para que o aluno infira a resposta por si só.

Da mesma forma, não dê, de imediato, o significado de palavras que eles não conheçam. Tente fazê‐los inferir o sentido da palavra no contexto, se isso for possível.

PASSO 5 – Conversa sobre a leitura

Depois de lidos os capítulos 1 e 2, em clima de conversa, pode‐se fazer perguntas que estimulem os alunos a elaborar apreciações afetivas e/ou estéticas em relação aos recursos estilísticos utilizados pelo autor, bem como apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos. Por exemplo:
•Como lhes pareceu a descrição do acampamento? Até aqui, o autor conseguiu descrever bem o “clima” do lugar? Como ele conseguiu passar esse “clima”? Você já formou uma imagem desse lugar na sua cabeça?
•Caso vocês estivessem naquele local, o que mais lhes causaria mal?
•O que vocês acharam da forma com que as palavras “normalmente” e “sempre” foram usadas no capítulo 1?
A forma como as palavras “normalmente” foram postas em destaque contribui para que a palavra “sempre” ganhe mais ênfase e transmita com mais dramaticidade para o leitor o real perigo que a mordida de um lagarto de manchas amarelas representa.
•O que vocês acharam da escolha de Stanley?
Mais uma vez, Stanley agiu de forma ingênua, acreditando que o juiz o fosse enviar a um acampamento semelhante aos acampamentos de férias frequentados pelas crianças de famílias ricas.
•O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo?
Sempre estimule os alunos a estabelecer possíveis relações entre o que acabaram de ler e outras leituras feitas, filmes assistidos...
Aproveite você também para expressar suas impressões. É importante que os alunos o vejam como um leitor – assim como eles – que faz apreciações pessoais sobre o que lê.

PASSO 6 – Leitura compartilhada (capítulo 3) e mais conversa

Depois de conversar sobre os capítulos 1 e 2, ler em voz alta o capítulo 3. Em seguida, discutir as questões abaixo sobre o que foi lido.
1.Como vocês descreveriam Stanley e sua a família?
Chame a atenção dos alunos para o fato de todos da família, apesar dos problemas, serem otimistas e até ingênuos. Algumas passagens que comprovam isso:
“Todos eles tinham mais uma coisa em comum. Apesar de tremendo azar, sempre permaneciam esperançosos. Como o pai de Stanley gostava de dizer: ‘Aprendo com o fracasso’.” (...)
“Você não precisa de advogado – dissera a mãe – Basta contar a verdade.”
2.Como Stanley é fisicamente?
Esta pergunta é importante por dois motivos: primeiro porque a transformação física de Stanley no acampamento acompanha a transformação de seu caráter; e segundo porque, mais adiante, os alunos perceberão que, no filme, o personagem de Stanley é vivido por um ator magro.
3.O que Stanley e sua família diziam quando algo dava errado? Qual a origem da frase?
Eles diziam que era culpa do pilantra‐imundo‐nojento‐do‐ladrão‐de‐porcos do trisavô.
Esta frase teve origem numa praga rogada por uma cigana que se sentiu enganada pelo trisavô de Stanley. Por ter roubado o porco dessa cigana, ela teria amaldiçoado o trisavô de Stanley e todos os seus descendentes.
4.Vocês acreditam em pragas e maldições?
Esta pergunta pressupõe respostas pessoais dos alunos. Considere o que todos têm a dizer e tome cuidado para não impor suas próprias crenças, já que a escola é uma instituição laica e os professores não devem privilegiar nenhuma crença.
Procure garantir também que todos sejam ouvidos e que todas as opiniões sejam respeitadas.
Procure fazer os alunos compreender que, embora muitos possam não acreditar em pragas e maldições, no âmbito da ficção tudo é possível. Sendo assim, procure levantar mais hipóteses com os alunos acerca da continuação da história, perguntando se eles acreditam que a família vai se livrar ou não da tal praga.
Antes de dar continuidade à leitura, faça algumas questões de levantamento de hipótese:
•Digamos que realmente os Yelnats vivam sob o “domínio” de uma praga. Haveria um jeito deles se livrarem dela? Como?
•De que forma vocês imaginam que o projeto de reciclar tênis do pai de Stanley poderia ter levado o menino para a prisão?

PASSO 7 – Dando continuidade à leitura

Faça a leitura compartilhada do capítulo 4 e, em seguida, discuta as seguintes questões.

1.Que tipo de garoto é Stanley? Corajoso, tímido, mau caráter? O autor cita claramente as características de Stanley (usando adjetivos qualificativos diretamente referentes a ele) ou ficamos sabendo delas pelas ações do garoto?

O autor declara expressamente que Stanley não é um mau rapaz (pág. 7), no entanto isso fica mais evidente pelas atitudes dele.
2.Quais trechos dos capítulos 3 e 4 demonstram o caráter de Stanley?
Stanley parece ser um rapaz bom e ingênuo. Sua ingenuidade fica evidente no capítulo 3, quando escolhe ir para o Acampamento Vale Verde, acreditando que se tratasse de um lugar como os acampamentos para onde vão as crianças ricas durante as férias. Três passagens do capítulo 4, em especial, também mostram o bom caráter e a ingenuidade de Stanley: quando ele agradece o motorista do ônibus pela viagem; quando ele, por um momento, chegou a acreditar que era para ele uma das garrafas de refrigerante que o chefe ofereceria ao guarda; quando ele ficou com pena do guarda e do motorista, que teriam de fazer a viagem de volta no mesmo dia.

PASSO 8 – Preparação para a próxima aula

Para finalizar, faça perguntas de levantamento de hipótese acerca dos próximos capítulos.
•O que vocês acharam do Sr. Chefe? Ele vai facilitar ou dificultar a vida de Stanley? O que há no texto que comprove sua opinião?
Com sua forma extremamente direta de comunicar as regras do acampamento a Stanley, Sr. Chefe parece ser um homem insensível e durão. Além disso, ele não deu água para Stanley beber quando este declarou estar com sede. Assim sendo, provavelmente Sr. Chefe dificultará a vida do rapaz.
•Com base nas características de Stanley vistas até agora, vocês acham que ele vai se dar bem no Acampamento?
Tudo indica que Stanley vai ter muitos problemas, por causa de sua ingenuidade e o fato de estar “sempre no lugar errado na hora errada”. No entanto, percebe‐se que, em muitas situações futuras, ele agirá de forma bastante esperta para se safar de problemas e, conforme a narrativa vai avançando, ele vai ficando cada vez mais esperto, forte e determinado.
•Que tipo de situação poderá acontecer a ele daqui para frente?
Aqui os alunos poderão levantar inúmeras hipóteses. Ouça atentamente o que todos quiserem dizer. Peça‐lhes que anotem as suas hipóteses e aquelas dos colegas que acharem mais plausíveis para, ao final da leitura, poderem confrontá‐las com o que de fato aconteceu.

PASSO 9 – Leitura para casa

Solicite que leiam até o capítulo 10 (da pág. 16 até a 53).
Distribua o Roteiro de Leitura 1 e dê aproximadamente uma semana de prazo para a leitura, durante a qual eles deverão pensar nas questões que serão discutidas posteriormente em classe.

O professor deverá distribuir o Roteiro de Leitura 1 e pedir que os alunos procurem responder às perguntas nele apresentadas. No entanto, como não queremos que a leitura do livro seja feita de forma “burocrática” e sim reflexiva e prazerosa, é preciso ficar claro que as respostas não serão recolhidas nem avaliadas. Elas apenas serão utilizadas na próxima aula para dar apoio às discussões que serão feitas. Deixe claro aos alunos que a participação nas discussões, sim, é que servirão de base para a avaliação e, assim sendo, provavelmente aqueles que, durante a leitura, considerar as perguntas da ficha se sairão melhor nas discussões.
Os alunos podem considerar que a leitura de 37 páginas em uma semana seja muito. Se isso acontecer, chame a atenção deles para o fato de que apenas em alguns minutos da aula de hoje foram lidas 15 páginas e, se considerarem essa proporção, em pouco mais de dois dias eles poderão ler o que foi proposto. Diga‐lhes que certamente a leitura fluirá bem, pois, como já puderam notar, a linguagem do livro não é difícil e há muitos diálogos, o que facilita a leitura. Além disso, há muitos espaços em branco no início e no fim de cada capítulo.
Se você tiver aula com essa classe durante o período em que os alunos estarão lendo em casa, aproveite para estimulá‐los, fazendo algumas perguntas, com o intuito de instigar a curiosidade dos demais. Peça que os alunos apenas levantem a mão para respondê‐las e que não contem detalhes de nada, para não “estragar” a leitura de quem ainda não leu. Algumas sugestões:
•Quem já chegou na parte em que Stanley cava o primeiro buraco, coitado? (O uso do adjetivo “coitado” pode estimular os alunos a ler para saber por que Stanley é “coitado”.)
•Quem já chegou na parte em que Stanley encontra algo no buraco que cavou?
•Quem já chegou na parte da briga na sala de jogos?

Aula 4

Material necessário
•Cópias em número suficiente do Roteiro de Leitura 2

PASSO 1

 – Conversando sobre os capítulos lidos e incentivando quem ainda não começou a ler
Numa roda de conversa e num clima descontraído, pergunte aos alunos se as hipóteses levantadas na aula anterior se confirmaram ou não. Em seguida, solicite que digam os títulos que eles pensaram para os capítulos lidos, justificando as escolhas. Escreva na lousa alguns dos melhores títulos para cada capítulo.
Além de contribuir para o desenvolvimento da capacidade dos alunos de fazer generalizações, mais adiante, essa atividade com os títulos vai ajudá‐los na tarefa de comparar o livro com o filme, pois a citação dos títulos os ajudará a lembrar a sequência dos acontecimentos narrados no livro.
Retome as perguntas que foram escritas no Roteiro de Leitura 1 e discuta com eles as respostas.
Para continuar estimulando a leitura do livro, é muito importante que se dê a palavra a todos que quiserem se manifestar e que o professor demonstre interesse real, valorizando o que cada um deseja dizer.
Neste primeiro momento, a intenção principal da atividade não é verificar quem leu ou não, mas sim compartilhar informações e incentivar que todos deem prosseguimento à leitura.

1.No capítulo 7, há duas histórias intercaladas que se passam em tempos diferentes. Sobre o que falam essas histórias? Há alguma relação entre elas? Qual?

2.Que apelido Stanley recebeu de seus companheiros? Você acha que o apelido combinou com ele?
Troglodita.
3.Qual é o apelido dos companheiros de Stanley?
Raio X, Bacalhau, Magneto, Sovaco, Ziguezague e Zero.
4.No capítulo 10, Stanley vai encontrar algo interessante enquanto cava. Como isso mudará a situação dele?
Stanley encontrou um fóssil, mas isso não mudou a situação dele, pois Sr. Pendanski disse que esse tipo de achado não interessava a ninguém.
Quando os alunos começarem a responder à pergunta 2, sobre as duas histórias ocorridas em tempos diferentes e intercaladas no capítulo, ensine a eles que esse é um recurso bastante usado em literatura e cinema, chamado flashback. Se considerar conveniente, escreva a definição de flashback na lousa.
Para o prosseguimento da leitura, é importante que os alunos compreendam o mecanismo pelo qual os flashbacks funcionam, já que a estrutura narrativa de Buracos de baseia fortemente nesse recurso. 14
O flashback
Flashback é a interrupção da sequência cronológica da narrativa com a introdução de acontecimentos ocorridos anteriormente. É como se fosse uma volta (back) ao passado.
Em geral, os autores recorrem aos flashbacks para mostrar aos leitores acontecimentos ocorridos anteriormente na história, a fim de que compreendam melhor algum acontecimento atual da narrativa.
No cinema, o flashback também é um recurso típico de vários gêneros, sendo mais frequente nos filmes policiais.

PASSO 2 – Pensem nisso!

Depois de retomarem o trecho lido e discutirem as questões do roteiro de leitura, proponha questões para o desenvolvimento de capacidades de apreciação e réplica relativas a valores éticos e/ou políticos. Por exemplo:
1.Foi uma boa ideia Stanley ter contado ao júri a verdade sobre o dia em que os tênis caíram em sua cabeça?
A discussão aqui será em torno da polêmica questão sobre “até que ponto mentir é válido”.
No caso de Stanley, ele, de forma alguma, poderia ter mentido para a justiça, mas foi ingenuidade declarar que os tênis caíram do céu. A forma como se expressou fez com que a verdade parecesse mentira, devido à remota possibilidade de um par de tênis simplesmente cair do céu.

Talvez ele pudesse dizer, sem mentir, que encontrou os tênis na rua.
2.O que influenciou na condenação de Stanley: o azar da família ou a ingenuidade dos pais?
Se considerarmos válido o que foi exposto na resposta à questão acima, é mais provável que a condenação de Stanley tenha sido em grande parte motivada pela ingenuidade da família do que por azar. No entanto, se seguirmos a lógica do romance, é possível considerar que tenha sido uma junção das duas coisas.
3.O fato de Stanley ser de uma família pobre pode ter influenciado a sua prisão? De que forma? Por quê?
Sim. Por ser pobre, Stanley não podia pagar um advogado que o orientasse melhor.
4.O que vocês acham do tratamento recebido pelos rapazes no Acampamento Lago Verde? Vocês acreditam que aquele tipo de tratamento, de fato, ajuda a recuperar jovens delinquentes?
PASSO 3 – Continuando a leitura
Para as próximas discussões, distribua o Roteiro de Leitura 2 e peça que os alunos continuem lendo o livro até o capítulo 34 (pág. 159) para procurar respondê‐las. Determine um prazo de 15 a 20 dias para essa leitura.
Para finalizar e instigar os alunos a continuar a leitura, conte‐lhes que nos próximos capítulos alguém encontrará algo realmente interessante num dos buracos e haverá duas fugas inesperadas do Acampamento, que mudarão totalmente o rumo da história.
Deixe três perguntas no ar:
•O que será que vai ser encontrado? Quem encontrará?
•Quem será que vai fugir?
•Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto?
Mais uma vez, é possível que os alunos considerem que eles deverão ler muitas páginas num período muito curto. Se isso acontecer, seja firme e chame a atenção dos alunos para o fato de o texto ser composto basicamente de diálogos, o que facilita bastante a leitura. Além disso, dificilmente um capítulo ultrapassa 4 páginas (o que também agiliza o ritmo da leitura).
Em último caso, apele para um argumento de que todo capítulo começa no meio de uma página e o restante dela fica em branco. Portanto, o que parece ser 100 páginas de texto, na realidade é muito menos.
Para verificar se os alunos estão conseguindo ler num ritmo razoável e para incentivar a leitura daqueles que ainda não estão muito animados, destine alguns minutos de uma ou outra aula que vocês tiverem durante o período em que os alunos estarão lendo em casa e aproveite para estimular a leitura, fazendo algumas perguntas, com o intuito de instigar a curiosidade da classe.
Como sugerimos anteriormente, peça que os alunos apenas levantem a mão para respondê‐las e que não contem detalhes de nada, para não “estragar” a surpresa de quem ainda não leu. Algumas sugestões:

•Quem já chegou na parte em que é encontrado algo considerado interessante pela Direção?
•Quem já chegou na parte da fuga? Engraçado, não é?
•Quem já chegou na parte em que os meninos estão no deserto? Será que sobreviverão? Como?
Se sobrar tempo na aula, faça uma leitura compartilhada a partir do capítulo 11.

Aula 5

Material necessário
•Cópias em número suficiente do Roteiro de Leitura 3.
Peça para aqueles que leram além do capítulo 34 que não revelem o que virá a seguir na história, para não estragar o prazer da descoberta dos outros alunos.
PASSO 1 – Checando hipóteses
Retome as perguntas de levantamento de hipóteses feitas ao final da última aula:
•O que será que vai ser encontrado? Quem encontrará?
Stanley encontrará um objeto dourado que parecia uma cápsula de bala de espingarda, mas que, afinal, era a tampa do batom de Katie Barlow.
•Quem será que vai fugir?
Primeiro, fugiu Zero; depois, Stanley.
•Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto?
Ainda não será possível responder a essa pergunta. Assim, o suspense permanecerá.
Em seguida, pergunte aos alunos se aconteceu o que eles tinham imaginado ou não e o que eles acharam do encaminhamento dado ao enredo pelo autor.

PASSO 2 – Conversando sobre a leitura

Retome as questões do Roteiro de Leitura 2 e discuta as respostas com a turma.
1.Continue criando títulos para cada capítulo.
Solicite que os alunos digam os títulos que eles criaram para os capítulos lidos, justificando as escolhas. Escreva na lousa alguns dos melhores títulos para cada capítulo. O ideal é que seja listado mais de um título por capítulo. Sugira que os alunos copiem os outros títulos em suas fichas.
Como já foi apontado, essa atividade com os títulos não só pode contribuir para o desenvolvimento da capacidade dos alunos de fazer generalizações, mas também vai ajudá‐los, mais adiante, na tarefa de comparar o livro com o filme, pois a citação dos títulos os ajudará a lembrar a sequência dos acontecimentos narrados no livro.




2.Faça uma lista dos capítulos em que há flashbacks.
Capítulos em que há flashbacks: 23, 25, 26, 28.
Esta questão e a seguinte têm como objetivo verificar se os alunos estão conseguindo perceber o que são os flashbacks e a função que eles exercem na narrativa.
Atenção: quando algum personagem apenas se refere – seja num diálogo seja em pensamento – a um fato ocorrido no passado, isso não caracteriza um flashback.
O flashback deve ser uma clara interrupção do fio da narrativa, em que se introduz uma outra narrativa independente, desenvolvida num tempo anterior ao da narrativa principal.
3.Dentre os capítulos lidos, há o episódio de Sam e Katherine. O que esse flashback esclarece sobre a história toda? O que você achou do desfecho do episódio desses dois personagens?
Explica por que o lago secou e como Katherine se transformou em Kate Barlow, a Beijoqueira.
Comentário importante
É bastante triste o episódio desses dois personagens, não só porque o amor deles não pode se realizar devido à morte de Sam, mas principalmente porque isso aconteceu por causa de racismo. Permita que os alunos se manifestem livremente sobre essa questão. Aproveite a situação e não deixe de fazer comentários sobre quão condenável é qualquer atitude racista.
Conte aos alunos que até meados da década de 1960, nos Estados Unidos, os negros eram totalmente segregados: não tinham direito a voto, tinham de frequentar escolas diferentes das dos brancos, não podiam frequentar a mesma igreja e só podiam se sentar nos bancos dos fundos dos ônibus públicos, entre outras segregações.
Hoje a situação é bastante diferente tanto lá como aqui, mas não se pode negar que todos nós ainda temos de brigar muito para que o fim do preconceito seja uma realidade.
4.Relacione as partes das quais você mais gostou e das quais menos gostou, justificando.
Professor, ouça com atenção e considere o que todos quiserem dizer. Questione, mas não despreze opiniões. O importante é que todos se sintam à vontade e que suas falas sejam valorizadas
•Depois de retomar as questões, discuta as seguintes:
1.O que vocês acharam do personagem Truta Walker e da reação das pessoas da cidade em relação a Sam e Katherine?
A reação dos habitantes de Vale Verde, instigados por Truta Walker, é claramente racista, inadmissível nos dias de hoje. Mas Truta não reage apenas por racismo. Na realidade, ele usa do racismo da população, atitude comum naquela época, para se vingar de Katie, que o havia rejeitado.

PASSO 3 – Preparando as discussões da próxima aula

Distribua o Roteiro de Leitura 3 e peça para os alunos lerem em casa da página 159 até o final do livro. Determine um prazo de 15 a 20 dias para essa leitura.

Levante hipóteses com os alunos de como eles acreditam que terminará a história para os principais personagens (Stanley, Zero, a família de Stanley, os meninos da tenda D, Sr. Sir, Pendanski e a Direção). Se possível, anote algumas na lousa e peça que os alunos as copiem no Roteiro de Leitura 3, para que sejam checadas ao término da leitura e na próxima aula sobre o livro.
Caso não dê tempo de fazer esta atividade ainda nesta aula, apenas peça que os alunos escrevam no Roteiro suas hipóteses, antes de dar continuidade à leitura.
Durante o tempo em que os alunos estarão terminando a leitura em casa, não deixe de destinar alguns minutinhos de uma ou outra aula para verificar como anda a leitura, se a maioria está lendo, se estão com alguma dificuldade etc.
Como nas situações anteriores, no período em que os alunos deverão estar fazendo a leitura em casa, durante uma ou outra aula, faça perguntas sobre o ritmo em que estão conseguindo ler. Peça que eles apenas levantem a mão para responder às perguntas a seguir e que não contem detalhes de nada, para não “estragar” a surpresa de quem ainda não leu. Por outro lado, não deixe de elogiar alguns trechos que serão lidos. Veja algumas sugestões:
•Quem já chegou na parte em que Zero faz uma confissão? Não contem o que era, mas a confissão é bem surpreendente, não é?
•Quem já chegou na parte em que os dois meninos decidem voltar ao acampamento? Será que eles conseguem? Por favor, quem já leu essa parte não conte a ninguém para não perder a graça.
•Quem já chegou na parte em que Stanley e Zero caem num buraco cheio de lagartos? Será que os dois sobrevivem? Por favor, quem já leu essa parte não conte a ninguém para não perder a graça.
•Quem já terminou de ler o livro?
Aula 6

PASSO 1 – Checando hipóteses
Inicie a aula indagando aos alunos se o livro terminou como eles imaginavam, se eles se surpreenderam ou se ficaram frustrados.
Pergunte também sobre qual parte eles mais gostaram e de quais não gostaram. Não se esqueça de insistir para que sempre justifiquem suas respostas.

PASSO 2 – Mais um pouco de conversa
Depois da checagem de hipóteses, discuta as seguintes questões:

1.O que o flashback do capítulo 49 ajuda a explicar?
Stanley e Zero passaram dias na montanha alimentando‐se apenas de cebola. Esse flashback, que mostra o suco de cebola sendo usado para espantar lagartos, explica por que os dois garotos não foram mordidos pelos répteis quando estavam cercados por eles no buraco.

2.Retome a pergunta feita na primeira aula, quando foi lida a orelha do livro: O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”?
Agora os alunos terão mais condições de respondê‐la, pois devem ter percebido que os flashbacks, as coincidências e inter‐relação dos acontecimentos passados e presentes, muito bem amarrados pelo autor, fazem com que o enredo do livro pareça mesmo algo muito bem tramado.
Desafie‐os a desembaraçar essa trama, apontando as inter‐relações entre os acontecimentos do romance.
Leve‐os a reparar que nada do que está escrito no livro fica “solto”. Alguns exemplos:
•na página 24, já está escrito que os tênis de Clyde Livingston tinha um forte chulé. No fim do livro, é o próprio Clyde quem faz o comercial do Sploosh.
•Um erro de tradução, por sinal, faz com que se perca outra coincidência: no original, o doce de pêssego que Zero encontra embaixo do barco de Sam é apelidado de Sploosh pelo menino, ou seja, o mesmo nome que depois é batizado o produto criado pelo pai de Stanley. No entanto, na tradução para o português, o tradutor preferiu usar a palavra “tchum” para o doce e Sploosh para o produto antichulé.
•O cheiro do produto é de pêssegos, a mesma fruta das compotas de Katherine Barlow.
•Zero era descendente de Madame Zeroni. O fato de ter comido as compotas de pêssegos de Kate Barlow fez com que passasse mal e fosse carregado nas costas por Stanley, como mandava a profecia da cigana.
•As cebolas de Sam é que salvam Stanley e Zero.
•Se Stanley não tivesse ensinado Zero a ler, ele não teria provado que a mala com o tesouro pertencia ao avô do amigo. O que facilitou a Zero a leitura do sobrenome de Stanley provavelmente foi o fato de Zero ter tentado ler o nome de Mary Lou que estava de ponta cabeça no barco abandonado.
•Sr. Sir vivia dizendo que o Acampamento Lago Verde não era para bandeirantes, mas ele se transformou num acampamento de bandeirantes no final.
Discussão Final
•Stanley termina sua aventura do mesmo jeito que a começou? Como ele era no início da narrativa e como ele estava ao final?
Não, Stanley passa por uma grande transformação. Perde a sensação de que é azarado, fica mais forte, corajoso e autoconfiante.
Aula 7
Material necessário
•Livro, TV, aparelho de DVD e cópia do DVD O Mistério dos Escavadores.

Comparando livro e filme

Peça que assistam ao filme com dois objetivos:
1.Comparar as sensações/emoções que tiveram durante a leitura e enquanto estão assistindo ao filme.
2.Observar se há diferenças entre o enredo do livro e o do filme.
Caso não haja tempo de fazer uma discussão logo após o final do filme, peça que os alunos anotem suas observações para que possam participar das discussões na próxima aula.
O objetivo do primeiro item é que percebam que, em certos momentos, a leitura emociona mais do que o filme e, em outros momentos, ocorre o contrário. Isso porque cada uma das linguagens tem recursos próprios que nos tocam de diferentes formas. Procure fazer com que os alunos justifiquem, aqui também, as suas respostas.
Com relação ao item 2, a seguir damos algumas dicas. É bastante possível que os alunos notem outras diferenças. Nesse caso, peça que comprovem com passagens do livro ou do filme.
Algumas diferenças
Você deverá ter reparado que, na realidade, não há muitas diferenças entre o romance e o filme. Se observarmos a estrutura do texto, veremos que é composto em grande parte por diálogos, o que deve ter facilitado sua transposição para o roteiro de cinema.
Algumas das diferenças mais evidentes dizem respeito à tradução, à transposição de algumas falas do narrador do livro (já que no filme não há um narrador) e limitações práticas e materiais da produção do filme. Vejamos.
•No livro, Stanley é um garoto gorducho e no filme ele é magro.
Motivo provável: em uma das faixas bônus do DVD, a diretora de elenco justifica o porquê de Stanley ser magro no filme. Segundo ela, como Stanley emagrece muito no livro, seria difícil arrumar um ator adolescente que conseguisse emagrecer tanto num período tão curto como os da filmagem, sem que ele tivesse sua saúde prejudicada. Além disso, ainda segundo a diretora de elenco, as cenas não foram filmadas na ordem em que aparecem no filme. De acordo com o cronograma de filmagem, em alguns dias seriam filmadas cenas do começo e do fim do filme. Assim, como poderia o ator estar no mesmo dia mais gordo e mais magro? A opção foi, então, escolher o melhor ator para o papel, independentemente do tipo físico.

•Alguns apelidos foram trocados
Motivo provável: dificuldade/problema de tradução
Há diferença dos apelidos nas versões dublada e legendada do filme, portanto as respostas dependerão de qual das duas versões o professor escolheu para passar para a classe.
Na versão dublada, Sr. Chefe é chamado de “Meu Senhor”; na versão legendada, ele é chamado de Sr. Sir.

O personagem Saco de Vômito do livro é chamado de Vomitão na versão dublada e de Saco de Latidos na versão legendada.
No livro, Stanley é apelidado de Troglodita. Tanto na versão dublada quanto na legendada, é chamado de Homem da Caverna.
No filme, Bacalhau se chama Lula (Squid).
•Uma ação substitui uma fala do narrador
Motivo provável: não há a figura do narrador no filme, portanto, o que ele fala deve ser posto na boca de um personagem ou traduzido em ações.
Isso ocorreu com o primeiro capítulo do livro, que foi quase que literalmente falado por Sr. Sir nas primeiras cenas do filme, quando ele recepciona Stanley ao chegar no Acampamento.
Mais adiante, a cena em que Sr. Sir atira num lagarto não existe no livro. Essa cena provavelmente entra no lugar do capítulo 8, no qual há apenas a descrição dos lagartos de manchas amarelas feita pelo narrador. Como não há narrador no filme, inseriu‐se uma ação que demonstra o medo de alguém ao se deparar com o terrível réptil.
•Os lagartos não são exatamente iguais no livro e no filme10
Motivo provável: a equipe de produção do filme não conseguiu encontrar lagartos mansos e com olhos vermelhos.
Os lagartos não têm olhos vermelhos no filme. Provavelmente a produção do filme teve dificuldade em encontrar lagartos com olhos vermelhos.
•Pequenas diferenças no enredo
Uma diferença marcante é a caracterização do estado de saúde de Zero depois que ele bebe o tchum. No livro, temos a impressão de que ele pode, de fato, vir a morrer de intoxicação. No filme, seu estado de saúde não parece tão dramático.
O final também é um pouco diferente. No filme, Sr. Sir, a Direção e Pendanski vão presos. No livro, apenas ficamos sabendo que o Acampamento foi fechado pela justiça e a Direção acabou vendendo as terras para um acampamento de bandeirantes. Não se fala de prisão nenhuma.
Certamente os alunos encontrarão muitas outras diferenças. Solicite que comprovem isso citando partes do livro e do filme.
•Se ainda houver tempo, assistir às cenas que foram cortadas no filme e perguntar:
Vocês acham que essas partes foram cortadas por quais motivos?
Para acessar as cenas cortadas apresentadas no DVD, vá no Menu Principal, selecione “Bonus Material” e depois, “Deleted Scenes”.

Muitos podem ser os motivos para as cenas terem sido cortadas: necessidade de não permitir que o filme ultrapassasse 120 minutos, excesso de dramaticidade das cenas, inadequação das cenas ao público etc.

CRONOGRAMA





LISTA DE PERGUNTAS AULA A AULA

Para facilitar o trabalho do professor, apresentamos aqui nossas sugestões de questões para discussão aula a aula.
É preciso ficar claro, porém, que é imprescindível que se leiam todas as orientações das atividades. Esta lista deverá servir apenas de apoio para a memória do professor durante as aulas.

Aula 1

♦Levantando de hipóteses:
•O que significa HOLES?
•Que tipo de história vocês imaginam que teria um livro com esse título?
•Agora, olhando a capa do livro, que tipo de história vocês acham que este livro conta? Justifiquem suas respostas.
Aulas 2/3
♦Depois da leitura da orelha do livro:
•O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”?
•A leitura da orelha ajudou‐os a antecipar melhor sobre o que o livro trata?
•Ela ajudou‐os a confirmar ou refutar as hipóteses até agora levantadas?
•Para que vocês acham que serve a orelha de um livro?
♦Após a leitura dos capítulos 1 e 2:
•Como lhes pareceu a descrição do Acampamento? Até aqui, o autor conseguiu descrever bem o “clima” do lugar? Como ele conseguiu passar esse “clima”? Você já formou uma imagem desse lugar na sua cabeça?
•Caso estivessem naquele local, o que lhes causaria mais mal?
•O que vocês acharam da forma com que as palavras “normalmente” e “sempre” foram usadas no capítulo 1?
•O que vocês acharam da escolha de Stanley?
•O que vocês acham que vai acontecer no próximo capítulo?

♦Depois de retomarem o trecho lido e discutirem as questões do Roteiro de Leitura, proponha questões para o desenvolvimento de capacidades de apreciação e réplica relativas a valores éticos e/ou políticos. Por exemplo:
1.Foi uma boa ideia Stanley ter contado ao júri a verdade sobre o dia em que os tênis caíram em sua cabeça?
2.O que influenciou na condenação de Stanley: o azar da família ou a ingenuidade dos pais?
3.O fato de Stanley ser de uma família pobre pode ter influenciado a sua prisão? De que forma? Por quê?
4.O que vocês acham do tratamento recebido pelos rapazes no Acampamento Lago Verde. Vocês acreditam que aquele tipo de tratamento, de fato, ajuda a recuperar jovens delinquentes?
Para finalizar e instigar os alunos a continuar a leitura, conte‐lhes que nos próximos capítulos Stanley encontrará algo realmente interessante e haverá duas fugas inesperadas do Acampamento que mudarão totalmente o rumo da história.
Deixe três perguntas no ar:
•O que será que Stanley encontrará?
•Quem será que vai fugir?
•Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto?

Aula 5

♦Retome e discuta com os alunos as perguntas do Roteiro de Leitura 2:
1.Continue criando títulos para cada capítulo.
2.Faça uma lista dos capítulos em que há flashbacks.
3.Em um desses capítulos, há o episódio de Sam e Katherine. O que esse flashback esclarece sobre a história toda? O que você achou do desfecho do episódio desses dois personagens?
4.Relacione as partes das quais você mais gostou e das quais menos gostou, justificando.
♦Depois de discutir as perguntas anteriores, retomar as hipóteses levantadas na aula anterior:
1.O que Stanley encontrou?
2.Quem fugiu?
3.Será que os fugitivos sobreviverão ao deserto?

♦Para finalizar, faça mais duas perguntas:
1.O que vocês acharam do personagem Truta Walker e da reação das pessoas da cidade em relação a Sam e Katherine?
2.Como essa história continuará?

Aula 6

♦Depois de checar as hipóteses levantadas na aula anterior e de os alunos darem sua opinião acerca do final do livro, perguntar:
1.O que o flashback do capítulo 49 ajuda a explicar?
2.Retome a pergunta feita na primeira aula, quando foi lida a orelha do livro: O que vocês acham que o autor da orelha quer dizer com “Louis Sachar tece uma narrativa que embaraça e desembaraça...”?
3.Stanley termina sua aventura do mesmo jeito que a começou? Como ele era no início da narrativa e como ele estava no final?
Aula 7
♦Peça que assistam ao filme com dois objetivos:
1.Comparar as sensações/emoções que tiveram durante a leitura e enquanto estão assistindo ao filme.
2.Observar se há diferenças entre o enredo do livro e o do filme.
♦Se ainda houver tempo, assistir às cenas que foram cortadas no filme e perguntar:
•Vocês acham que essas partes foram cortadas por quais motivos?

Livro Buracos, de Louis Sachar
Roteiro de Leitura – 1

Este roteiro tem como objetivo auxiliá‐lo a participar das discussões que serão feitas nas próximas aulas. Para facilitar, sugerimos que você leia as perguntas antes de iniciar a leitura do livro.
Suas respostas não serão recolhidas nem avaliadas.
Sua avaliação não será feita com base na sua participação nas discussões em sala de aula. Responder às questões é importante, pois provavelmente aqueles que, durante a leitura, considerar as perguntas deste roteiro conseguirão participar com mais facilidade nas discussões.
1.Dê um título ou escreva uma ou duas frases que resuma os principais acontecimentos de cada capítulo. Observe exemplos com os capítulos lidos em classe.


2. No capítulo 7, há duas histórias intercaladas que se passam em tempos diferentes. Sobre o que falam essas histórias? Há alguma relação entre elas? Qual?
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3.Que apelido Stanley recebeu de seus companheiros? Você acha que o apelido combinou com ele? Por quê?
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4.Qual é o apelido dos companheiros de Stanley?
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5.No capítulo 10, Stanley vai encontrar algo interessante enquanto cava. Isso mudará a situação dele?
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Livro Buracos, de Louis Sachar
Roteiro de Leitura – 2

Este roteiro tem como objetivo auxiliá‐lo a participar das discussões que serão feitas nas próximas aulas. Para facilitar, sugerimos que você leia as perguntas antes de iniciar a leitura do livro.
Suas respostas não serão recolhidas nem avaliadas.
Sua avaliação não será feita com base na sua participação nas discussões em sala de aula. Responder às questões é importante, pois provavelmente aqueles que, durante a leitura, considerar as perguntas deste roteiro conseguirão participar com mais facilidade nas discussões.

1.Continue criando títulos para cada capítulo.

2.Faça uma lista dos capítulos em que há flashbacks.
____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3.Em um desses capítulos, há o episódio de Sam e Katherine. O que esse flashback esclarece sobre a história toda? O que você achou do desfecho do episódio desses dois personagens?
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4.Relacione as partes das quais você mais gostou e das quais menos gostou, justificando.
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Livro Buracos, de Louis Sachar
Roteiro de Leitura – 3

1.Escreva aqui como você acha que essa história terminará para cada personagem. Na sua opinião, o que acontecerá com:
Stanley: ______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Zero:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Outros meninos do Acampamento:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
Os pais de Stanley:
_____________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
A Direção, Sr. Sir e Sr. Pedanski:
______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2.Continue criando títulos para cada capítulo.







3.Depois de terminada a leitura, prepare‐se para a discussão em sala de aula, comparando as hipóteses que você imaginou com o que aconteceu de fato na história.














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