O gênio do crime

Prática de Leitura e Escrita
O gênio do crime- João Carlos Marinho
5a e 6a séries do Ensino Fundamental

A literatura corresponde a uma necessidade universal que deve ser satisfeita sob pena de mutilar a personalidade, porque pelo fato de dar forma aos sentimentos e à visão do mundo, ela nos organiza, nos liberta do caos e portanto nos humaniza. Negar a fruição da literatura é mutilar a nossa humanidade.

Antonio Candido. O direito à literatura (1995)

Justificativa

As capacidades de leitura e a formação do leitor crítico

Hoje todos concordamos que a formação de um cidadão pleno apenas estará garantida se o indivíduo dominar um número tal de gêneros de textos que lhe permita interagir e participar de diferentes situações, seja no âmbito familiar, do trabalho, da política, das ciências, seja no âmbito das manifestações culturais. Nesse sentido, aprender a dominar diferentes linguagens, dentre elas também a linguagem da literatura e das artes, é um direito que deve ser garantido a todos.

A fim de garantir esse direito, a nova Proposta Curricular do Estado de São Paulo aponta como prioridade o desenvolvimento de competências leitoras e escritoras.

Para que o desenvolvimento de tais competências possa se dar, várias capacidades são requeridas:

•Capacidades de decodificação

São as mais elementares, vão desde a compreensão da natureza alfabética do nosso sistema de escrita, até ampliação das possibilidades do olhar para porções maiores de texto e não somente para palavras isoladas, a fim de desenvolver fluência e rapidez de leitura. Espera‐se que essas capacidades já estejam razoavelmente desenvolvidas ao final do Ciclo I do Ensino Fundamental.

•No entanto, saber decodificar um texto não garante a sua compreensão.

Capacidades de compreensão

Saber decodificar um texto não garante a sua compreensão. Compreender um texto envolve conhecimento de mundo, conhecimento de práticas sociais e conhecimentos linguísticos muito além do funcionamento do sistema silábico‐alfabético.

Para desenvolver a capacidade de compreensão de textos, portanto, é preciso: ativar os conhecimentos prévios sobre o que será lido; levantar hipóteses sobre os conteúdos ou propriedades dos textos; checar hipóteses; localizar e/ou copiar informações; comparar informações; generalizar; produzir inferências.

•Capacidades de apreciação e réplica

Segundo Bakhtin, toda compreensão é prenhe de resposta. Ou seja, todo texto suscita uma resposta, gera novos discursos, novos textos. Se, conforme sugerem os PCNs, nosso objetivo é formar cidadãos críticos e participativos, além de decodificar e compreender textos é necessário que cada leitor tome uma posição em relação ao que lê.

Para tanto, é necessário que desenvolva também suas capacidades de apreciação e réplica que envolvem: recuperar o contexto de produção do texto; ter claras as finalidades e metas da atividade de leitura; perceber relações de intertextualidade e de interdiscursividade; perceber outras linguagens como elementos constitutivos dos sentidos dos textos; elaborar apreciações estéticas e/ou afetivas e, finalmente, elaborar apreciações relativas a valores éticos e/ou políticos.

A leitura seqüenciada

Espera‐se que todas as capacidades acima elencadas venham sendo desenvolvidas desde o início do Ciclo I e continuem a ser desenvolvidas nos níveis subsequentes, pois sabemos que a proficiência leitora é algo que vamos desenvolvendo por toda a vida.

É comum, no Ciclo II, que os alunos já se sintam bastante confortáveis para fazer leituras independentes de texto curtos. Porém, quando se trata de textos mais longos, é comum também que os alunos se sintam intimidados e não cheguem ao fim da leitura.

Nesse caso, mais uma vez, a atuação do professor é fundamental. Uma das estratégias que podem ser utilizadas para ajudar os alunos a vencer tal dificuldade é a leitura sequenciada: o professor seleciona um livro para ser lido por toda a classe e vai determinando prazos intermediários para que a leitura seja feita aos poucos, parte a parte.

Nesse primeiro momento de aproximação dos alunos com a leitura de textos mais longos, outra estratégia fundamental para não desestimulá‐los, e para evitar que desistam do desafio de ler um texto que exija mais tempo de concentração, é iniciar o trabalho por gêneros que lhes sejam mais familiares e por temas que sabidamente despertem seu interesse. Ressalta‐se, porém, que tais estratégias não significam que não se deva complexificar as leituras, contemplando clássicos e textos de reconhecida qualidade literária, ao longo das etapas de Ensino Fundamental e Médio. Em todos os casos, a mediação do professor é sempre fundamental, mais ainda o é quanto maior complexidade a obra possuir, tomando como referência seus leitores.

Tendo garantidos esses pressupostos, o professor, de acordo com o que conhece dos alunos, deve ir marcando as datas para que sejam feitas as leituras. Dependendo do grau de dificuldade apresentado pela turma, o professor pode iniciar fazendo uma leitura em voz alta, para que os alunos a acompanhem. Conforme forem avançando em sua proficiência leitora, o professor pode pedir que eles leiam trecho a trecho, dentro de um prazo predeterminado.

Lembrando da importância do desenvolvimento das capacidades de apreciação e réplica, é bom ressaltar ser fundamental, durante e depois da leitura, que haja espaço para que não só o professor, mas também os alunos comentem o texto, coloquem‐se em relação ao enredo e à forma de contar a história e levantem dificuldades em relação ao que foi lido, a fim de ter garantidas a compreensão e a réplica do aluno diante do que leu.

Objetivos

Tendo em vista os pontos levantados acima, o objetivo desta atividade é desenvolver as capacidades leitoras dos alunos, principalmente as de apreciação e réplica, bem como desenvolver a proficiência leitora de textos literários mais longos, por meio de uma estratégia de leitura seqüenciada.

Procedimentos metodológicos

Realmente, para comunicar à criança os comportamentos que são típicos do leitor, é necessário que o professor os encarne em sala de aula, que proporcione a oportunidade a seus alunos de participar em atos de leitura que ele mesmo está realizando, que trave com eles uma relação de “leitor para leitor”. (Delia Lerner)
Motivar os alunos, despertando seus interesses, desafiando‐os para a leitura, deve ser o primeiro movimento de aproximação em direção a um livro.

Nesse sentido, considerando o desenvolvimento das capacidades leitoras, todo trabalho que envolve texto deve começar com a ativação de conhecimentos prévios dos alunos não só em relação ao tema que será abordado, mas também em relação ao gênero do texto. Além dos conhecimentos prévios, é importante também levantar hipóteses sobre o texto, atividade que, de certa forma, oferece a base necessária para que o leitor vá construindo os sentidos do texto. Uma estratégia para isso é partir do título do texto, das imagens da capa do livro, das informações constantes na contracapa ou na orelha e ir questionando os alunos sobre que expectativas vão construindo sobre a leitura que se realizará.

É fundamental também que você apresente informações sobre o autor – quem é, quando viveu, quais os temas que costuma abordar em suas obras, algumas características de sua escrita – e sobre a época em que a obra foi produzida, podendo, inclusive, relacioná‐la com outras contemporâneas. Contar sua história de leituras também pode ser interessante, sobretudo se o livro for um clássico que sobreviveu ao passar dos tempos ou teve um número grande de leitores. Contar as críticas que lhe foram feitas ajuda a situar o livro e pode motivá‐los para a leitura.

Ainda com o intuito de desenvolver as variadas capacidades de leitura requeridas a um leitor proficiente, as perguntas que você fizer durante a leitura devem ir além da localização de informações e do mero significado de palavras que você julga serem desconhecidas dos alunos.

As perguntas feitas durante e depois da leitura devem, principalmente, procurar levar o aluno a checar as hipóteses construídas, a realizar inferências, generalizações e comparações diversas entre partes do texto ou entre o texto lido e outros textos com os quais ele já tenha tido contato, sejam estes escritos ou em linguagens não‐verbais diversas.

Todo o tempo, deve‐se permitir e incentivar que o aluno manifeste sua opinião sobre o que foi lido, porém sempre justificando sua fala com aspectos presentes no texto lido ou em outros textos. Um passo importante que todo aluno deve dar é ultrapassar os “achismos” e conseguir expressar opiniões bem fundamentadas.
O diário de leitura

É comum que os alunos não questionem o que leem, e se o fazem não buscam bons argumentos (seja para elogiar, seja para criticar). Para driblar esse problema, sugerimos que os alunos elaborem um diário de leitura enquanto leem. O sentido desse diário é propiciar discussões e estimular o desenvolvimento das capacidades de apreciação e réplica dos alunos. A ideia é que, enquanto leem, os alunos anotem no diário as partes da história das quais mais gostaram, as partes que consideraram menos interessantes (sempre justificando suas opiniões) e as relações que fizeram entre o texto lido e outros textos ou experiências de vida. Além disso, nesse diário, também devem ser anotadas as dúvidas suscitadas pelo texto e as pistas que julgarem importantes, pois trata‐se de uma história de detetive.

O principal objetivo do diário de leitura, portanto, é estimular o aluno a dialogar com o texto –
posicionando‐se criticamente em relação ao que está lendo – e não ser uma ficha de leitura para que o professor cheque se o aluno leu ou não o que foi solicitado. Muito provavelmente, durante as discussões, você vai conseguir perceber quem leu ou não, por isso também é importante estimular inclusive aqueles alunos mais tímidos a se manifestar sobre a leitura ou sobre as discussões geradas por ela.

Se as discussões forem interessantes, é bem possível que aqueles que não estavam de início interessados na leitura passem a ficar e comecem a ler o livro.

Portanto, atenção: o diário de leitura não deve ser encarado como uma tarefa burocrática, enfadonha. É importante ficar claro que o diário de leitura é um registro do aluno para o aluno! Embora você vá lê‐lo, não há nenhuma intenção de torná‐lo um instrumento de controle da leitura. O aluno deve experimentar tal registro como uma prática de apoio ao seu processo de apreciação, compreensão e sistematização das leituras que faz e como apoio para as suas participações durante as discussões sobre a leitura.

Devemos sempre lembrar que o objetivo, nesse momento, é estimular o aluno a ler textos mais longos para que ele se habitue a isso. Se você julgar mais conveniente, inclusive, pode abrir mão do diário de leitura (para alguns ou para todos os alunos) e adaptar as atividades para discussões orais em sala de aula.

O que vamos propor aqui, portanto, é uma leitura sequenciada, preocupada fundamentalmente em desenvolver as capacidades de ler textos mais longos e de apreciação e réplica em relação a eles.

Para tanto, sugerimos que a leitura do livro seja feita em cinco etapas. A cada etapa será lido um determinado número de páginas e, no dia marcado, durante a aula, todos discutirão sobre o que leram.
Antes de cada etapa, deve‐se solicitar que levantem hipóteses sobre a continuação do enredo. Essas hipóteses devem ser checadas na discussão que precede a etapa subsequente.

É comum que nessas ocasiões muitos queiram falar ao mesmo tempo. Falar um de cada vez, ouvir o outro e respeitar suas opiniões são procedimentos que precisam ser aprendidos. Combine com os alunos que cada um terá sua vez de falar e vá trabalhando com eles o respeito às opiniões alheias. Dê você mesmo o exemplo: ouça com atenção e considere o que todos quiserem dizer. Questione, mas não despreze opiniões. O importante é que todos se sintam à vontade e que a fala de cada um seja valorizada.

Ações

Aula 1

PASSO 1

Se possível, organize a classe de forma que os alunos fiquem sentados em círculos.

Você pode “ritualizar” a entrega do livro, se achar que é o caso. Diga algo como: “Vocês estão prontos para entrarem na vida de Bolachão, Pituca, Edmundo e Berenice? Para descobrir quem é o gênio do crime?

Quem se sentir pronto, pode vir buscar o livro. Apenas tomem cuidado para que venha um de cada vez”.

Deixe que explorem o livro livremente: toquem, vejam a capa, a contracapa, leiam a orelha, folheiem, vejam o número de páginas etc.

Esse primeiro contato dos alunos com o livro deve ser um momento de “sedução”: o mais importante é fazer com que o aluno se interesse pela leitura do livro.

PASSO 2

Inicie com um trabalho de contextualização e levantamento de conhecimentos prévios.

Levantamento de hipóteses sobre o enredo e de conhecimentos prévios

Observem o título do livro, O gênio do crime. Uma aventura da turma do gordo. Sobre o que vocês acham que é a história?

Agora observem a capa. Onde vocês acham que essa história se passa?

Já colecionaram algo ou conhecem alguém que colecione? Quem já colecionou figurinhas? Quem já conseguiu preencher um álbum inteiro? Sobre o que era o álbum? Quem sabe jogar bafo?

Levantamento de conhecimentos prévios sobre o gênero

Vocês gostam de histórias de crime e detetive?

Já viram algum filme ou leram algum livro com esse tipo de história?

Como era a história?

Contextualização:

Leia em voz alta a nota biográfica do autor que está nas primeiras páginas do livro e pergunte aos alunos:
O livro foi escrito em 1969. Vocês acham que naquele tempo havia telefone celular, câmera digital e internet? Isso tudo facilitaria ou dificultaria a solução de um crime?

A história se passa na cidade de São Paulo. Vocês acham que a cidade hoje está muito diferente do que era em 1969? Expliquem. (Mais edifícios, mais violência, mais poluição do ar e dos rios, não há mais bondes.)
Comente que o livro está na sua 60ª edição e já atingiu mais de um milhão de exemplares vendidos para pelo menos três gerações de leitores.

Caso você queira complementar as informações sobre o autor, este link traz uma entrevista com ele: http://criancas.uol.com.br/novidades/ult2313u147.jhtm .

PASSO 3

Ler em voz alta os capítulos de 1 a 4.

Oriente os alunos a levantar a mão caso queiram comentar alguma coisa ou não compreendam alguma palavra ou trecho. Não responda às questões de imediato, vá dando pistas para que o aluno infira a resposta por si só.

Da mesma forma, não dê de imediato o significado de palavras que eles não conheçam. Tente fazê‐los inferir o sentido das palavras no contexto, se isso for possível.

PASSO 4

Ao final da leitura do capítulo 4, faça as seguintes perguntas: Será que eles conseguirão seguir o cambista? Como? Se não conseguirem, que outras pistas eles poderiam seguir?

PASSO 5

Anote algumas hipóteses na lousa e peça que os alunos as copiem na ficha para, mais adiante, verificarem se estavam corretos.

PASSO 6

Depois de ler os capítulos iniciais em voz alta, marcar um prazo (no máximo, uma semana) para que os alunos leiam, em casa, até a página 46.

Durante a leitura, os alunos poderão ir escrevendo um diário de leitura, conforme indicações da FICHA 1 do Diário de leitura (ver Anexo).

Aula 2

PASSO 1

Retome as hipóteses levantadas na aula 1 (Será que eles conseguirão seguir o cambista? Como? Se não conseguirem, quais outras pistas eles poderiam seguir?) e peça para que os alunos as comparem com o que já leram. Até que ponto suas hipóteses se confirmaram?

Comentar com os alunos o caráter inusitado e genial da estratégia da perseguição criada por Bolachão: seguir ao contrário.

PASSO 2

Abra as discussões, solicitando que exponham o que acharam da leitura até ali, de acordo com as anotações que fizeram em seus diários.

Fazendo um pouco de suspense, peça para aqueles que leram além da página 46 que não revelem o que virá a seguir na história, para não estragar o prazer da descoberta dos outros alunos.

PASSO 3

Um pouco antes do término da aula, antes de dizer até que página deverão ler para a próxima semana, mais uma vez faça um levantamento de hipóteses:

Como vocês imaginam que seja Mister John Smith Peter Tony, o “detetive invicto”?

Vocês acham que os meninos vão fazer uma parceria com o detetive ou vão continuar numa investigação paralela?

Será que o tal gerente da fábrica é uma pessoa confiável?
PASSO 4

Solicite aos alunos que, para a próxima semana, leiam até a página 76 e continuem a fazer anotações na FICHA 2 do Diário de leitura.

PASSO 5

Caso a discussão não tenha tomado todo o tempo da aula, retome a leitura em voz alta a partir da página 46.

Aula 3

PASSO 1

Retome as hipóteses levantadas na aula 2 e peça para que os alunos as comparem com o que já leram. Até que ponto suas hipóteses se confirmaram?

PASSO 2

Peça aos alunos que exponham o que acharam da leitura até ali, de acordo com as anotações que fizeram em seus diários.

Novamente peça para aqueles que leram além da página 76 que não revelem o que virá a seguir na história, para não estragar o prazer da descoberta dos outros alunos.

PASSO 3

Um pouco antes do término da aula, antes de dizer até que página os alunos deverão ler para a próxima semana, mais uma vez faça um levantamento de hipóteses, que deverão ser confirmadas no decorrer da leitura:

Como Raimundo faz para passar a lista de figurinhas aos falsificadores?

Bolão será desmascarado na escola?

Por onde andará Mister John? Se ele aparecer, vocês

PASSO 4

Solicite aos alunos que leiam até a página 106 e continuem a fazer anotações na FICHA 3 do Diário de leitura.

PASSO 5

Caso a discussão não tenha tomado todo o tempo da aula, retome a leitura em voz alta a partir da página 77.

Aula 4

PASSO 1

Retome as hipóteses levantadas na aula 3 e peça para que os alunos as comparem com o que leram. Até que ponto suas hipóteses se confirmaram?

PASSO 2

Peça aos alunos que exponham o que acharam da leitura até ali, de acordo com as anotações que fizeram em seus diários.

Novamente peça para aqueles que leram além da página 106 que não revelem o que virá a seguir na história, para não estragar o prazer da descoberta dos outros alunos.

PASSO 3

Um pouco antes do término da aula, antes de dizer até que página os alunos deverão ler para a próxima semana, mais uma vez faça um levantamento de hipóteses:

Bolachão será encontrado a tempo pelos amigos ou pela polícia?

Se o endereço que seu Tomé anotou estava errado, como seria possível encontrar Bolachão?

O que você faria se estivesse na situação do gordo?

PASSO 4

Solicite aos alunos que leiam até o final do livro e continuem a fazer anotações na FICHA 4 do Diário de leitura.

PASSO 5

Caso a discussão não tenha tomado todo o tempo da aula, retome a leitura em voz alta a partir da página

Aula 5

PASSO 1

Retome as hipóteses levantadas na aula 1 e peça para os alunos compararem‐nas com o que leram. Até que ponto suas hipóteses se confirmaram?

PASSO 2

Retomando as anotações que os alunos fizeram em seus diários, peça a eles que exponham o que acharam do livro todo e, principalmente, do final.

Você, professor, poderá redimensionar o número de aulas dedicadas ao projeto de acordo com sua necessidade.

Algumas questões para discussão:

Antes de Bolachão ser libertado, imaginamos que seu plano de escrever um pedido de socorro na parte de trás das figurinhas tinha sido em vão. O que nos levou a crer nisso? Por que vocês acham que o autor do livro criou essa situação?

Professor, leve os alunos a perceber que o autor teve a intenção de aumentar o suspense, ao escrever que as figurinhas não haviam sido distribuídas naquele dia.

O que vocês acharam da ideia do autor de fazer com que o próprio filho de um dos bandidos fosse o responsável pelo salvamento do Bolachão e a punição dos culpados? Por quê?

O que vocês acharam dessa mistura de romance policial com humor? Já leram ou assistiram algo parecido?

Quais instrumentos existentes hoje (câmeras digitais, laptop, telefone celular, ipod etc.), mas que não existiam na época em que o livro foi escrito, poderiam auxiliar nas investigações? A narrativa seria tão emocionante se os personagens pudessem fazer uso desses instrumentos? O que seria preciso mudar na narrativa caso as personagens pudessem se utilizar desses instrumentos?

Se houver tempo, a fim de se desenvolver a capacidade de comparação intertextual, pode‐se levar para a sala um DVD com histórias de detetive para que os alunos possam comparar textos de linguagens diferentes.

Sugestão de filme:

Pequenos espiões ‐ Buena Vista Home Entertainment
Mais informações sobre o filme, no site http://www.filmes.net/espioes3d/#
Indique outros livros juvenis com histórias de detetive, caso os alunos se interessem:
O mistério do 5 estrelas, de Marcos Rey. Global Editora
A droga da obediência, de Pedro Bandeira. Editora Moderna
Sherlock Holmes. Casos extraordinários, tradução e adaptação de Márcia Kupstas. Editora FTD.

Recursos necessários

•Aquisição do livro: O gênio do crime. Uma aventura da turma do gordo, de João Carlos Marinho, São Paulo, editora Global, para cada um dos alunos da sala. Preço aproximado: R$23,00.
•Papel sulfite A4.
•Tinta ou toner para impressão.
•Impressão para todos os alunos das Fichas 1, 2, 3 e 4 do Diário de leitura.
•Impressão do projeto para o professor.





Anexo

DIÁRIO DE LEITURA2 FICHA 1
NOME DO LIVRO: ______________________________________________________________________
TRECHO LIDO: da página ________ à página __________
RESPONDA AQUI ÀS PERGUNTAS FEITAS POR SEU PROFESSOR PARA AJUDÁ‐LOS A LEVANTAR HIPÓTESES SOBRE A HISTÓRIA:
Será que os meninos conseguirão seguir o cambista? Como? Se não conseguirem, quais outras pistas eles poderiam seguir?
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PERSONAGENS QUE APARECERAM NO TRECHO LIDO E ALGO QUE AS IDENTIFIQUE (características físicas, personalidade, profissão, amigo de quem, filho de quem, casado com quem etc.):
Ex.: Bolachão: gordo, inteligente, comilão, amigo de Edmundo.
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SUSPEITOS
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PASSAGEM MAIS INTERESSANTE NO TRECHO LIDO. JUSTIFICAR.
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2 Baseado em Jacqueline Barbosa. Trabalhando com os gêneros do discurso: narrativa de enigma. São Paulo: FTD, 2001.

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TRECHO MENOS INTERESSANTE. JUSTIFICAR.
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DÚVIDAS QUE SURGIRAM NA LEITURA
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COMPARE SUAS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS INICIAIS COM O TRECHO LIDO. SUAS HIPÓTESES DE CONFIRMARAM? EXPLIQUE.
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DIÁRIO DE LEITURA FICHA 2
NOME DO LIVRO: ____________________________________________________________________
TRECHO LIDO: da página ________ à página __________
RESPONDA AQUI AS PERGUNTAS FEITAS POR SEU PROFESSOR PARA AJUDÁ‐LOS A LEVANTAR HIPÓTESES SOBRE A HISTÓRIA:
Como vocês imaginam que seja Mister John Smith Peter Tony, o “detetive invicto”?
Vocês acham que os meninos vão fazer uma parceria com o detetive ou vão continuar numa investigação paralela?
Será que o tal gerente da fábrica é uma pessoa confiável?
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PERSONAGENS QUE APARECERAM NO TRECHO LIDO E ALGO QUE AS IDENTIFIQUE (características físicas, personalidade, profissão, amigo de quem, filho de quem, casado com quem, etc.)
EX.: Bolachão: gordo, inteligente, comilão, amigo de Edmundo.
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PISTAS QUE PODERÃO AJUDAR A SOLUCIONAR O CRIME
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SUSPEITOS
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PASSAGEM MAIS INTERESSANTE NO TRECHO LIDO. JUSTIFICAR.
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TRECHO MENOS INTERESSANTE. JUSTIFICAR.
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DÚVIDAS QUE SURGIRAM NA LEITURA
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COMPARE SUAS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS INICIAIS COM O TRECHO LIDO. SUAS HIPÓTESES DE CONFIRMARAM? EXPLIQUE.
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DIÁRIO DE LEITURA FICHA 3
NOME DO LIVRO: ____________________________________________________________________
TRECHO LIDO: da página ________ à página __________
RESPONDA AQUI AS PERGUNTAS FEITAS POR SEU PROFESSOR PARA AJUDÁ‐LOS A LEVANTAR HIPÓTESES SOBRE A HISTÓRIA:
Como Raimundo faz para passar a lista de figurinhas aos falsificadores?
Bolão será desmascarado na escola?
Por onde andará Mister John?Se ele aparecer, atrapalhará ou ajudará na investigação dos meninos?
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PERSONAGENS QUE APARECERAM NO TRECHO LIDO E ALGO QUE AS IDENTIFIQUE (características físicas, personalidade, profissão, amigo de quem, filho de quem, casado com quem, etc.)
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PISTAS QUE PODERÃO AJUDAR A SOLUCIONAR O CRIME
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SUSPEITOS
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PASSAGEM MAIS INTERESSANTE NO TRECHO LIDO. JUSTIFICAR.
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TRECHO MENOS INTERESSANTE. JUSTIFICAR.
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DÚVIDAS QUE SURGIRAM NA LEITURA
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COMPARE SUAS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS INICIAIS COM O TRECHO LIDO. SUAS HIPÓTESES DE CONFIRMARAM? EXPLIQUE.
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DIÁRIO DE LEITURA FICHA 4
NOME DO LIVRO: _______________________________________________________
TRECHO LIDO: da página ________ à página __________
RESPONDA AQUI AS PERGUNTAS FEITAS POR SEU PROFESSOR PARA AJUDÁ‐LOS A LEVANTAR HIPÓTESES SOBRE A HISTÓRIA:
Bolachão será encontrado a tempo pelos amigos ou pela polícia?
Se o endereço que seu Tomé anotou estava errado, como será possível encontrar Bolachão? O que você faria se estivesse na situação do gordo?
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PERSONAGENS QUE APARECERAM NO TRECHO LIDO E ALGO QUE AS IDENTIFIQUE (características físicas, personalidade, profissão, amigo de quem, filho de quem, casado com quem, etc.)
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PISTAS QUE PODERÃO AJUDAR A SOLUCIONAR O CRIME
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SUSPEITOS
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PASSAGEM MAIS INTERESSANTE NO TRECHO LIDO. JUSTIFICAR.
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TRECHO MENOS INTERESSANTE. JUSTIFICAR.
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DÚVIDAS QUE SURGIRAM NA LEITURA
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COMPARE SUAS RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS INICIAIS COM O TRECHO LIDO. SUAS HIPÓTESES DE CONFIRMARAM? EXPLIQUE.
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